26/05/2022

FUX VIU A OPERAÇÃO NA VILA CRUZEIRO, MAS NÃO VER O QUE ACONTECE NO STF

Fux diz que PM do Rio “deve satisfações” sobre operação policial na Vila Cruzeiro

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, afirmou nesta quinta-feira (26) que a Polícia Militar do Rio de Janeiro deve satisfações sobre a operação policial na Vila Cruzeiro na última terça (24) que deixou pelo menos 23 mortos, incluindo uma cabeleireira de 41 anos atingida dentro de casa.

Foi a segunda ação policial mais letal da história do Rio, atrás apenas da operação Jacarezinho em maio de 2021. A PM chegou a contabilizar 26 mortes, mas nesta quinta informou que três casos ligados inicialmente à operação foram resultado de confronto entre traficantes no Morro do Juramento.

Ao comentar o caso nesta quinta, Luiz Fux, afirmou que preferiu “não polemizar”, mas aguarda manifestação da PM do Rio sobre o caso.

“Tendo em vista a posição em que se encontra o STF, achei por bem não polemizar com a PM. A PM deve satisfações, eu estou aguardando essas satisfações”, disse Fux.

O ministro Gilmar Mendes também comentou o tema no início da sessão desta quinta. Para ele, o STF deve “contribuir para superação as crises e não para ficar aí a apontar culpados ou bodes expiatórios”.

Mendes citou a “violência policial lamentável” e “quadro extremamente preocupante e com a palavra de autoridades locais atribuindo ao STF a responsabilidade por essa tragédia que nós sabemos que é um problema estrutural”.

“É preciso que as coisas sejam ditas com muitas clareza e perspectiva isenta, devemos contribuir para superação as crises e não para ficar aí a apontar culpados ou bodes expiatórios”, afirmou Gilmar.

“Todos nós fazemos votos de que esse quadro seja superado, mas sabemos que se o estado do Rio goza de alguma saúde financeira, isso se deveu a parceria que se estabeleceu com esse tribunal. Se não, teria colapsado em termos financeiros”, prosseguiu.

Em seguida, o ministro Edson Fachin reiterou a afirmação de Gilmar Mendes. “De modo especial, essa afirmação, segundo a qual esse tribunal está entre as instituições que procuram soluções e não apenas imputar responsabilidades”, disse.

Na quarta, Fachin conversou com o procurador de Justiça do RJ, Luciano de Oliveira Mattos de Souza, e manifestou “muita preocupação” com a operação. O teor da conversa foi divulgado pelo próprio STF.

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