02/11/2021

REMÉDIO QUE CUSTA R$ 9 MILHÕES PODE SALVAR A VIDA DE UMA CRIANÇA DE 5 ANOS - CONHEÇA A HISTÓRIA

Conheça a história da criança de 5 meses que precisa de remédio que custa R$ 9 milhões

Pais da bebê Eloah Rodrigues de Souza, de 5 meses, Valdery Rodrigues, de 29 anos, e Maria Meire Alves de Souza, 23, brigam na Justiça pela dose única do medicamento Zolgensma para salvar a menina diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal (AME) do Tipo 1. O composto, considerado um dos mais caros do mundo, custa R$ 9 milhões.

O auxiliar de garçom e a esposa, que estão desempregados, ajuizaram a ação na Justiça Federal em 30 de agosto. O pedido foi indeferido na primeira instância. A decisão positiva só veio em recurso no Tribunal Regional Federal da 2ª (TRF-2), em 29 de setembro. Ainda assim, até agora não há data exata para recebimento do medicamento.

“Estamos com uma divergência na data, eu não consegui aferir. Mas o prazo da União vence nesta próxima semana”, diz a advogada da família, Daniela Tamanini.

A AME afeta uma proteína que, modificada, provoca a morte dos neurônios motores na medula responsável por controlar os movimentos musculares do corpo. Sem essa função, a criança não consegue sustentar a própria cabeça, braços e pernas.

“O Zolgensma impede a progressão da doença, fazendo com que o organismo se torne capaz de produzir a proteína que alimenta os neurônios motores. Como o remédio ainda não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a única esperança dessas crianças é o Judiciário, que já garantiu em diversos casos, o acesso irrestrito à saúde, a outras crianças brasileiras”, explica Daniela.

Luta contra o tempo

De acordo com a advogada, Eloah também não recebeu o Spinraza, que é fornecido pelo SUS e foi demandado em 19 de agosto. O medicamento é um paliativo, pois interrompe a progressão da doença. A bebê está internada no Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, Região Metropolita.

Para conseguir arcar com as despesas da família, Valdery criou uma “vaquinha” nas redes sociais. A mobilização já arrecadou R$ 89 mil. “Também fazemos rifas. Foi o jeito que encontramos para dar dedicação exclusiva à nossa filha”, disse.

Segundo Valdery, a filha foi planejada. “Minha mulher perdeu o emprego como estoquista no início da pandemia. Mas logo que decidimos ter um filho, veio. Agora, só peço a Deus que os medicamentos cheguem logo”, declarou.

Procurados, o Ministério da Saúde e o Hospital Getúlio Vargas Filho não se pronunciaram até o fechamento desta reportagem.

metropoles

Nenhum comentário: