16/09/2021

ACORDO MILITAR 'ANTI-CHINA' É SELADO ENTRE EUA, INGLATERRA E AUSTRÁLIA

EUA, Inglaterra e Austrália selam acordo militar ‘anti-China’

Os Estados Unidos anunciaram uma nova parceria com a Austrália e o Reino Unido para reforçar as capacidades navais no Pacífico diante da crescente influência da China na região, equipando a nova frota australiana com submarinos nucleares. A aliança foi batizada de AUKUS.

Se o plano se concretizar, o país da Oceania poderá começar a realizar patrulhas de rotina que poderão passar por áreas do mar do Sul da China, região que Pequim reivindica como sua zona exclusiva, e que se estenderão até o Taiwan.

O comunicado foi feito pelo presidente americano, Joe Biden, na noite de quarta-feira (15), numa videoconferência que contou ainda com os primeiros-ministros australiano, Scott Morrison, e britânico, Boris Johnson. Imediatamente, o anúncio provocou uma reação furiosa da China, que não foi citada diretamente pelo trio.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Zhao Lijian, disse nesta quinta-feira (16) que o acordo irá “prejudicar seriamente a paz e a estabilidade regionais, exacerbar uma corrida armamentista e dificultar os acordos internacionais de não-proliferação nuclear”, informou o Global Times, um jornal chinês controlado pelo Partido Comunista.

– Esta é uma conduta totalmente irresponsável – disse Zhao.

TECNOLOGIA NUCLEAR

Os submarinos movidos a energia nuclear serão mais rápidos, mais difíceis de detectar e potencialmente muito mais letais do que os submarinos movidos a diesel que a Austrália planeja comprar da França – em uma negociação estimada em 66 milhões de dólares (o equivalente a cerca de R$ 346,8 milhões).

Atualmente, apenas seis nações operam submarinos movidos a energia nuclear, e os Estados Unidos haviam compartilhado a tecnologia apenas com o Reino Unido.

A medida é vista como um passo importante para a Austrália, que nos últimos anos tem hesitado em recuar diretamente em relação aos principais interesses chineses. No entanto, o país tem se sentido cada vez mais ameaçado. Não por acaso, há três anos, a Austrália esteve entre as primeiras nações a proibir a Huawei, gigante chinês das telecomunicações.

AE

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