Com novo aumento, preço de botijão de gás pode custar até R$ 106 no RN
Além do anúncio do reajuste dos preços de gasolina e óleo diesel, a Petrobras também confirmou aumento no preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. Com o quilo do combustível passando para R$ 3,60 nas refinarias, a expectativa do Sindicato dos Revendedores autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás) é que o botijão de 13 kg, correspondente a 90% do consumo, passe a ser comercializado na capital potiguar entre R$ 100 e R$ 106, um aumento de até seis reais em relação à cotação anterior.
Como vem fazendo após cada anúncio de reajuste dos preços, o sindicato demonstrou repúdio com a informação e destaca que a prática volta a ocorrer pela falta de concorrência da Petrobras. "Não houve aumento de petróleo, de funcionário, de dólar, o que houve foi a margem de lucro da Petrobras que está aumentando. A Petrobras está tirando o dinheiro do povo e indo para os seus cofres", afirma o presidente do sindicato, Francisco Correia.
Mesmo zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e COFINS incidentes sobre a comercialização de GLP quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 quilos, conforme decreto nº 10.638/2021, os preços não pararam de subir. Esse é o 16º reajuste consecutivo no preço do botijão de gás e o 6º de 2021.
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE no último reajuste, o professor Henrique Souza, especialista em Finanças e Controladoria, afirmou que pela forma como o preço do GLP é feita, o cenário se torna "desanimador e sem expectativas de melhora por causa da dependência do mercado internacional".
“A precificação do gás de cozinha basicamente faz com que gire em torno do equilíbrio do mercado internacional. Infelizmente o cenário não é tão animador. O GLP é um derivado do petróleo e, como se trata de preço de combustível fóssil, sofre com as variações cambiais e dependência do mercado internacional. Além disso, o gás de cozinha é negociado em dólar e a alta do preço do petróleo vem anulando a valorização do real frente à moeda americana”, explicou.
TN
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