15/04/2021

RENATO GAÚCHO NÃO É MAIS TÉCNICO DO GRÊMIO

Renato demitido do Grêmio. Não mereceu time de R$ 200 milhões

"Cobrem futebol bonito do Atlético Mineiro e do Flamengo."

"Se me derem R$ 200 milhões para contratar, aí cobrem do Grêmio."

Renato Gaúcho fez esse desafio público à diretoria gremista em novembro de 2020.

O presidente Romildo Bolzan buscou com o Conselho de Administração do clube uma maneira de fazer altíssimos investimentos no time para 2021, como Renato queria.

Borré e Douglas Costa eram os grandes alvos.

Tendo como principal objetivo a Libertadores da América.

O treinador estava animado, havia feito uma lista com atletas que desejava. Haveria uma profunda reformulação no Grêmio.

Mas não houve tempo.

Renato foi contaminado pela covid.

Teve de ficar isolado, longe de seus jogadores.

Do time que não dava mais resultado nas suas mãos.

Ele precisava que a equipe eliminasse o Independiente del Valle, que ainda tem o DNA de Miguel Ángel Ramírez, apesar de comandado pelo português Renato Paiva.

Seu auxiliar Alexandre Mendes fez o que havia combinado com Renato, mas o time gaúcho não respondeu e acabou sendo eliminado pela equipe equatoriana.

O clube sequer disputará a fase de grupos da Libertadores.

Bolzan e o Conselho de Administração decidiram imediatamente após o jogo de ontem.

O maior ídolo da história gremista, além da covid-19, não tinha mais emprego.

A decisão de anunciar publicamente que 'houve acordo' entre o técnico e a direção do clube serve para resguardar a imagem do treinador.

Causou enorme surpresa, em 2016, quando Renato Gaúcho voltou ao Grêmio, para sua terceira passagem como treinador. Ele não trabalhava desde 2014 e parecia aposentado, já que financeiramente é bem resolvido. Era figura carimbada nas praias cariocas jogando futevôlei.

Só que retornou muito mais compenetrado, dedicado, modernizado como técnico. Montou equipes extremamente competitivas. E conseguiu títulos.

Copa do Brasil de 2016, Libertadores de 2017, Recopa Sul-Americana de 2018, Campeonatos Gaúchos de 2018, 2019 e 2020 e a Recopa Gaúcha de 2019.

Mas desde 2019, parecia estar perdendo o fôlego.

Se tinha sucesso impressionante nos Grenais, seu time não mostrava fórmulas novas, parecia decorado pelos grandes rivais.

As decepções se sucederam.

A começar pela estranha mania de desprezar o Brasileiro, para focar na Libertadores.

Escalações previsíveis.

Futebol sem objetividade.

Péssimas indicações para contratações.

André, Diego Tardelli, Marinho e Luciano são exemplos de atletas que fracassaram com ele, em Porto Alegre.

As entrevistas debochadas após cada derrota, cada eliminação, cada frustração.

Ironizava fracassos, humilhava jornalistas.

Acabou virando um personagem sem sentido.

A demissão de Renato Gaúcho não provocou grande surpresa no Rio Grande do Sul.

O atual Grêmio não era nem sombra do de 2017.

E veio a justa saída.

A direção vai em busca de um substituto.

A princípio, Tiago Nunes é o principal nome.

Técnico gaúcho que fez trabalho sensacional no Athletico.

Mas foi um fracasso histórico no Corinthians.

O argentino Guillermo Barros Schelotto também está sendo analisado.

O escolhido trabalhará com investimentos baixos.

O clube não gastará centenas de milhões de reais com reforços.

A idolatria por Renato Gaúcho seguirá.

O primeiro brasileiro a conquistar a Libertadores como jogador e treinador.

Mas a parceria com o treinador termina agora.

Por culpa dele mesmo.

Como gastar R$ 200 milhões com um técnico que não consegue passar nem pela Pré-Libertadores?

A relação estava desgastada.

O fim foi melhor para as duas partes...

r7

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