04/03/2021

FUTURO PRESIDENTE DO BB PODE SAIR DA CAIXA

Presidente da Caixa Seguridade é cotado para comandar Banco do Brasil

O presidente da Caixa Seguridade, João Eduardo de Assis Pacheco Dacache, está entre os nomes cotados para comandar o Banco do Brasil, substituindo o atual ocupante do posto, André Brandão. A expectativa, de acordo com fontes, é que a decisão quanto ao novo responsável pelo cargo seja definida ainda nesta semana.
O nome de Dacache já foi aprovado em partes e conta com o apoio de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal; Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central; e Paulo Guedes, ministro da Economia. Resta, no entanto, a sanção do presidente Jair Bolsonaro, que é quem indica o titular do BB.

Fontes afirmam que, por conta disso, ainda não teria sido feito convite oficial ao presidente da Caixa Seguridade. A expectativa, no entanto, é que o Executivo aceite, caso o nome agrade o mandatário da República.

O avanço do nome de Dacache sinaliza o fortalecimento do presidente da Caixa no governo Bolsonaro. Ao mesmo tempo, aponta para um menor poder de fogo de Paulo Guedes. O ministro da Economia tentava trazer um nome de fora do universo de Brasília, seguindo sua agenda liberal. Entre os cotados, cogitou o nome do ex-Itaú Unibanco Márcio Schettini.

Currículo

Com mais de três décadas de mercado financeiro, Dacache tem abraçado diferentes missões no governo Bolsonaro. Foi vice-presidente de Atacado da Caixa, na gestão de Pedro Guimarães, na qual criou tal estrutura no banco. Na sequência, foi escalado para um cargo de presidente, comandando a Caixa Seguridade, holding de seguros do banco e que está prestes a se listar na bolsa.

Além disso, o executivo tem passagens pela iniciativa privada, em nomes como Santander Brasil e o banco Safra. Acumula, assim, experiência tanto do lado do varejo, como do atacado bancário.

O futuro presidente do BB assumirá o posto após somente cinco meses de exercício do atual ocupante do cargo. Desgastes com Bolsonaro levaram Brandão, vindo do HSBC, a abandonar o cargo. Pesou, sobretudo, o plano anunciado em janeiro último, com o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários – o que irritou o titular do Palácio do Planalto e levou à destituição do executivo.

Procurado, o BB não comentou.

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