07/01/2021

RJ: PREFEITO NOMEIA 7 PARENTES PARA OCUPAR SECRETARIAS DAS 17 DISPONÍVEIS

Dos 16 secretários, sete são da família Cozzolino na Prefeitura de Magé/RJ

Eleitos como alternativa às gestões anteriores, prefeitos de Magé e de Japeri começaram o ano surpreendendo pelas escolhas de sua equipe do primeiro escalão. Renato Cozzolino (PP) nomeou seis pessoas da família, além de sua noiva. Já Fernanda Ontiveros (PDT) definiu sua irmã, a professora Caroline Ontiveros, para a Secretaria de Educação de Japeri.

A família Cozzolino é uma das mais tradicionais da política da Baixada Fluminense. Fernando, Mauro e Vinicius, todos primos de Renato, assumem, respectivamente, as secretarias de Trabalho e Renda; Fazenda; e de Governo. Já o tio do prefeito, Samyr Amorim Harb, é o novo titular da Secretaria de Infraestrutura. O cunhado Felipe Menezes, o secretário de Esportes, Lazer, Turismo e Terceira idade. E Lara Adario Torres, noiva do prefeito, vai comandar a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.

Até a chapa formada por Renato foi em família. Sua vice é também sua irmã, Jamille Cozzolino, que assumiu a Secretaria de Educação e Cultura. A Prefeitura de Magé explicou que as secretarias serão reduzidas de 22 para 16, ocupadas por gestores escolhidos pela experiência, formação técnica e confiança, e ressaltou que as nomeações com vínculo de parentesco não são ilegais.

A Prefeitura de Magé informou que Lara Torres, noiva do prefeito, atuou por três anos na Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, mesma área onde atuará pelo município. Já Fernando tem mais de 30 anos de carreira como servidor público com sólidos conhecimentos para comandar a pasta de Trabalho e Renda.

Em nota, garantiu que os outros secretários também têm experiências, como Mauro, que foi diretor de Administração e Finanças da Secretaria de Estado da Baixada e Região Metropolitana e já ocupou a pasta da Fazenda.

O professor do Ibmec Rafael Oliveira esclarece que Supremo Tribunal Federal (STF) permite a nomeação de parentes para cargos comissionados, segundo o G1. Mas, na sua avaliação, “é no mínimo questionável a nomeação em série de parentes para cargos de secretários municipais numa mesma gestão”.

Extra

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