19/11/2020

CRISE: APÓS ROUBAREM PETRÓLEO VENEZUELANOS PRODUZEM SUA PRÓPRIA GASOLINA

Em crise, venezuelanos roubam petróleo e produzem sua própria gasolina

Desesperados por combustível após meses de escassez, os venezuelanos começaram a roubar petróleo de campos ociosos da estatal Petroleos de Venezuela e destilar gasolina caseira, segundo dois trabalhadores da PDVSA e dezenas de pessoas familiarizadas com a prática.

A quantidade de petróleo roubado é uma pequena fração da produção da Venezuela. Mas a atividade é testemunho da crise da PDVSA, que não consegue mais abastecer a população do país com combustível.

A outrora formidável rede de refino de 1,3 milhão de barris por dia (bpd) da Venezuela entrou em colapso, as instalações de petróleo e refino têm pouca segurança ou manutenção e a empresa é incapaz de reter trabalhadores qualificados porque os valores dos salários derreteram.

A empresa atingiu uma nova baixa este ano. Sob pressão das sanções dos EUA (parte do esforço do governo norte-americano para destituir o presidente Nicolas Maduro), a produção de petróleo da Venezuela caiu para apenas 397 mil bpd em setembro, ante 1,2 milhão de bpd antes das sanções serem impostas em janeiro de 2019 e o menor nível desde os anos 1930.

As sanções têm como alvo a importação de gasolina, forçando os venezuelanos a esperar em filas intermináveis do lado de fora dos postos de gasolina. Muitos cidadãos consideram isso uma indignidade amarga para um produtor membro da OPEP, que tem, segundo algumas medidas, as maiores reservas de petróleo do mundo.

A cadeia de abastecimento da chamada “gasolina artesanal” começa em campos de petróleo como La Concepción, no estado de Zulia, que produzia mais de 12 mil bpd de petróleo leve de alto valor há 15 anos.

O campo ficou inativo por dois anos enquanto a PDVSA, que já foi uma das dez maiores empresas de petróleo do mundo em produção de petróleo bruto e uma grande exportadora, virou uma sombra do que já foi.

terrabrasilnoticias

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