06/10/2020

A NOSSA AMAZÔNIA - POR ALEXANDRE GARCIA


No debate eleitoral da semana passada, o candidato Joe Biden ameaçou os brasileiros: "Aqui estão 20 bilhões de dólares. Parem de destruir a floresta e se não pararem, então enfrentarão consequências econômicas significativas”. Ele contracenava com o adversário Trump, mas se dirigia aos brasileiros e deixou outra ameaça, afirmando que a floresta amazônica absorve mais carbono que o que é emitido nos Estados Unidos.

Nas entrelinhas, aparece o interesse de que a floresta interessa ao mundo, por absorção de carbono. Desinformado e atrapalhado, Biden repetiu chavões. Estudiosos mostram que a floresta amazônica praticamente empata na geração de oxigênio e absorção de carbono.

O verde é uma boa camuflagem para os interesses reais. Se a demanda do mundo fosse árvores, a Europa trataria de se reflorestar, depois de ficar com apenas 4% de sua mata original. Biden ainda é do tempo de governantes americanos que julgavam o Brasil como o quintal dos Estados Unidos. Nos ameaça com sanções e, em humilhação agressiva nos oferece uma esmola para não desmatarmos. O que vai ser se ele ganhar?

A Amazônia não caiu em nossas mãos por acaso. Foi objeto de conquista dos portugueses, que foram além de Tordesilhas, expulsando franceses do Maranhão e holandeses do Xingu; depois subindo o rio, empurrando os espanhóis, com soldados e flecheiros até Quito e erguendo fortes em pontos estratégicos até que o Tratado de Madri consolidou os limites. Pedro Teixeira, Plácido de Castro, Rio Branco garantiram as fronteiras com a espada e a caneta.

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