Covid-19 promove corrida por religião e gurus espirituais
A fé não costuma falhar. A sentença famosa na voz do cantor Gilberto Gil nunca fez tanto sentido quanto agora, quando o mundo se vê mergulhado em incertezas por conta da pandemia de coronavírus. O isolamento social e as dúvidas com o futuro promoveram uma verdadeira corrida digital por religião e gurus espirituais.
No Google, pesquisas que envolvem “palavras de fé” e “esperança” aumentaram mais de 70% desde que o isolamento começou. Já “budismo para iniciantes” cresceu 140% nos últimos meses.
No YouTube, por sua vez, a busca pelo termo “missa” subiu 226% desde que a Covid-19 freou a rotina em todo o mundo (e padres registraram um aumento de fieis). Recentemente, os ingressos para um culto evangélico em um drive-in esgotaram em menos de 40 segundos. E nunca se viu tanta lives de meditação quanto antes.
Obviamente, essa alta procura se deve, também, à atual formatação de quase todas as atividades consideradas não essenciais, que migraram para o on-line.
Ainda assim, especialistas acreditam que essas mudanças são definitivas.
A doutora em psicologia clínica e cultura pela Universidade de Brasília (UnB) Aline Ferreira Campos ressalta que 97% dos brasileiros se consideram espirituais ou religiosos. Segundo ela, diversos estudos dos últimos 20 anos indicam que ter uma vivência espiritual ou religiosa traz benefícios físicos e psicoemocionais.
“É saudável buscar apoio emocional na espiritualidade, que pode ser definida como procura de um sentido para a vida, conexão com o sagrado e um transcendente, ou vivida nas práticas religiosas ou de religiosidade”, avalia.
Com informações do Metrópoles
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