07/07/2020

OS GASTOS DO 'OSTENTOSO' STF

Dossiê completo dos gastos do STF

Em 2019, o Supremo Tribunal Federal custou R$ 698,9 milhões. Foram R$ 58,2 milhões por mês. Ou R$ 1,94 milhão por dia. Ou RS 80,8 mil por hora. Ou RS 1.348,18 por minuto. Ou, ainda, inacreditáveis R$ 22,40 por segundo.

Essa exorbitância bancada pelos pagadores de impostos, resulta da soma dos salários dos ministros, dos ordenados de quase 2.000 funcionários – ativos e inativos -, dos gastos com infraestrutura e dos incontáveis privilégios de que gozam os servidores. Eles incluem passagens aéreas, diárias em hotéis, reembolsos em restaurantes, assistência médica e odontológica, automóveis, motoristas, seguranças e mais. Muito mais.

Por ano, a Corte Suprema gasta o equivalente a quase 670 mil salários mínimos hoje em RS 1045). Com esse valor, também seria possível pagar 8 milhões de bolsas família (RS 89) ou 1.1 milhão de auxílios emergencias – pagamento feito pelo governo federal para tentar minimizar os prejuízos econômicos causados aos trabalhadores pela pandemia de coronavírus.

A folha de pagamento

Cada ministro recebe RS 39.293,32 por mês, valor que, em tese, determina o teto salarial do funcionalismo público. Advogados cinco estrelas ganham muito mais que isso, mas o status de ex-integrante da Corte amplia consideravelmente os ganhos no futuro. O gaúcho Paulo Brossard, por exemplo, depois que deixou o STF. chegava a cobrar R$ 1 milhão por um parecer de no máximo dez páginas.

Oito dos 11 contracheques ainda são turbinados com RS 6.582.81 de um misterioso “abono de permanência”. Apenas Alexandre de Moraes, José Antonio Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin (ainda) não recebem o regalo.

Em conjunto, os 1.212 servidores ativos do STF embolsaram, em maio deste ano, RS 21.197.763.99. O maior salário foi pago a Adriane Callado Henriques, analista judiciaria: R$ 40.024.98, somados os auxílios, benefícios e o tal abono de permanência” – que nesse caso foi de R$ 4.143.54. E com “extras” desse tipo que funcionários públicos conseguem ultrapassar o teto sem descumprir a lei.

Os 584 inativos e pensionistas custaram também em maio, RS 12.130.120,54. A aposentadoria de um trabalhador do setor privado não ultrapassa RS 6.101.08. O analista judiciário aposentado Marzio Ricardo Gonçalves de Moura, contudo, recebeu RS 52.410.11. Desse total RS 26.714.40 aparecem na coluna “indenizações”.

Os quinze ministros Aposentados do STF recebem mensalmente o equivalente a loro integral dos colegas em atividade com eles Posts RS 658.399,50 em maio. Quando ho reajuste ou aumento salarial o 28.05 contemplados

A corte

Trabalham diretamente com cada ministro em média 25 assessores. Os salarios oscilam entre R$ 3 mil e R$ 18 mil. Há 18 jornalistas (rendimentos entre R$ 6,1 mil e RS 10,2 mil) e 190 recepcionistas (R$ 2.359,69 cada uma) trabalhando no Pretório Excelso, como diz Celso de Melo. O quadro funcional ainda abrange oito “auxiliares bucais” e tr^s auxiliares em conservação e restauração” além de 339 estagiários, que consumiram R$ 4.7 milhões em 2019.

O STF também dispõe de sete encadernadores (pouco mais de Rs 3.8 mil por cabeça). Em plena era da informática, eles lidaram com 4.4 milhões de folhas de papel em 2019. A quantia corresponde a 12.291 por dia, que custaram R$ 113,8 mil.

As lagostas

Em abril do ano passado, foram revelados detalhes de uma licitação para banquetes oferecidos pelo STF. O orçamento anual da proposta vencedora bateu em RS 481,7 mil. De acordo com o edital. o cardápio deveria incluir na entrada, queijo de cabra, figos, carpaccio ceviche e risoto. Pratos principais: medalhão de lagosta, carré de cordeiro e arroz de pato. Para encerrar musses e sorvetes.

Segundo o portal G1, os vinhos eram obrigados a apresentar no rotulo uma safra gul ou posterior a 2010-com pelo menos quatro premiações internacionais. No caso dos espumantes “escolha se brut também com ao menos quatro premiações internacionais amadurecidos em contato com leveduras, por período minimo de 12 meses para esses e outros eventos, o Supremo tiem 16 cerimonialista. O salário de cada um: R$ 3.742.02.

Pelo ar e por terra

Com passagens aéreas, o time de ministros gastou R$ 313,1 mil em 2019. O valor ultrapassa R$ 2 milhões quando se acrescentam as milhas percorridas pelos demais servidores.

Para cuidar dos 84 veículos do Supremo, foram desembolsados R$ 5,2 milhões em manutenção, combustível e limpeza, entre outros serviços. A frota inclui dez vans, um caminhão de carga Volkswagen e 12 sedās Azera.

Entre marco e maio deste ano, como revelou Oeste, o STF gastou mais de R$ 800 mil com os carros da Corte – em plena epidemia de coronavírus, com a frota, em teoria, estacionada. Só com combustível foram R$ 58,398,70. Outros RS 26.042,85 entraram na rubrica peças e R$ 18.157,45 na lavagem dos veículos. Oficialmente, os ministros estão em casa, trabalhando a distancia, participando dos julgamentos de modo virtual.

Outros gastos em 2020

De janeiro a junho de 2020. a Corte gastou RS 388.758,00 com uma empresa responsável por dar apoio administrativo na área de cerimonial”. RS 1.229.156,00 com outra que presta serviços de copeiragem e RS 00.105.00 com a aquisição de sofás e poltronas. O projeto do Museu do Supremo Tribunal Federal levou R$ 1.113.273.00 e os serviços médicos e odontológicos consumiram R$ 5.711.317.00. A segurança “pessoal privada armada” custou até agora RS 4,1 milhões em Brasilia RS 278.3 mil em São Paulo e RS 155,4 mil no Parana

Num ano em que os brasileiros comuns lutam para manter o emprego, resistir a reduções de salario e sobreviver a catástrofe econômica decorrente da pandemia de coronavírus. o Supremo Tribunal Federal custara aos pagadores de impostos RS 659 milhões. Serio RS 57.4
milhões por mês. Ou RS 1.91 milhão por dia. Ou RS 79.7 mil por hora. Ou RS 1.828.05 por minuto. Ou, ainda, inacreditáveis R$ 22.10 a cada
segundo

Revista Oeste

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