09/09/2019

A MÁFIA DAS UNIVERSIDADES COM O FIES

Conversas telefônicas mostram como Universidade Brasil negociava vagas em medicina e bolsas do Fies

Reitor e filho foram presos durante operação  — Foto: Reprodução/TV TEM
Reitor e filho foram presos
Conversas telefônicas obtidas com exclusividade pelo Fantástico e exibidas em reportagem neste domingo (8) revelam como era o esquema fraudulento de venda de vagas em cursos de medicina e de bolsas do Fies na Universidade Brasil, no campus de Fernandópolis (SP), que foi alvo da operação da Polícia Federal, deflagrada na terça-feira (3).

Durante a operação intitulada como Vagatomia, vinte pessoas foram presas. No sábado (8), a Justiça Federal prorrogou por mais 5 dias a prisão de 11 suspeitos. Dois investigados com mandado de prisão expedido seguem foragidos.

Entre as pessoas presas estão o empresário e reitor da universidade, o engenheiro José Fernando Pinto Costa, de 63 anos, e o filho dele, Stefano Bruno.

Ambos são apontados pela polícia como chefes da organização. Segundo a PF, eles utilizavam o dinheiro obtido nas fraudes para comprar jatinhos, helicópteros e imóveis de luxo. O advogado de defesa da instituição nega a existência do esquema fraudulento.

Em uma ligação interceptada pela Polícia Federal e cedida à equipe do Fantástico é possível ver como era feita a negociação.

Uma mulher pergunta se é garantido que ela consegue transferir a faculdade e um homem responde que trouxe quase 70 pessoas de Cochabamba. “Agora ela estão aqui”, diz o homem.

Em uma segunda escuta telefônica, um homem explica como funcionava o esquema. “Quem quer entrar em medicina e não consegue passar no vestibular o cara vende (..) e cobra R$ 150 mil, R$ 120 mil.”

Em outra conversa obtida pelo Fantástico, uma mulher deixa bem claro como era fácil participar do esquema. “A lista rodou inteira. Até cachorro entrou, ou seja, não precisaria ter comprado."

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