Grampeado, líder do PCC diz que facção tinha "diálogo cabuloso" com o PT
Uma liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) interceptada pela Polícia Federal afirmou que a facção tinha um "diálogo cabuloso" com o PT. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (9) no blog de Fausto Macedo, no portal do Estado de S. Paulo.
As gravações foram feitas durante a Operação Cravada que mira o núcleo financeiro do PCC, responsável por recolher e gerencias as contribuições para a organização em todo o país.
Documento obtido pelo Estadão
No relatório, a PF afirma que "Também foram encontrados indicativos de vínculos da ORCRIM PCC com partidos políticos, o que nesse momento não está dentro dos objetivos da investigação e, semelhante a questão de corrupção de agentes públicos, temos a necessidade de encerrar a chamada fase sigilosa da investigação".
Em gravações realizadas em abril, Alexsandro Roberto Pereira, também conhecido como "Elias" ou "Veio", apontado como responsável por controlar as contas bancárias utilizadas pela facção, critica o ministro Sérgio Moro. “Com nois já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na frente, com nois já não vai ter diálogo, não. Esse MORO aí, esse cara é um filha da puta, mano. Esse cara aí é um filha da puta mesmo, mano. Ele veio pra atrasar”, diz.
Em resposta, o PT afirmou que se trata de "mais uma armação como tantas outras forjadas contra o PT". "Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas graves acusações que pesam contra ele", diz o texto.
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