Caixa Econômica anuncia devolução de R$ 3 bilhões para o Tesouro Nacional
Estes recursos estão ligados aos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD), utilizados pelo governo da presidente Dilma Rousseff para capitalizar a instituição pública. No caso da Caixa, há um estoque próximo de R$ 40 bilhões, sendo que o banco tem a intenção de devolver metade disso em 2019. Estes R$ 3 bilhões anunciados nesta quarta-feira são a primeira parcela. Os demais R$ 17 bilhões ainda carecem de autorização do Banco Central.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, governo utilizará recursos devolvidos por bancos públicos para resgatar a dívida pública.
Guedes frisou que os recursos não voltam para o Ministério da Economia, mas sim para o abatimento da dívida pública. "Nossa responsabilidade é garantir que recursos devolvidos por bancos abatam dívida pública", completou.
O ministro afirmou que o governo está "despedalando" e removendo privilégios, como empréstimos a juros subsidiados para as empresas chamadas de "campeões nacionais". "O Brasil virou paraíso dos rentistas e inferno dos investidores", acrescentou.
Pedro Guimarães afirmou que a devolução dos recursos ao Tesouro não prejudica os índices financeiros da Caixa. "Nosso índice de Basileia é acima de 20%", destacou.
Com o pagamento desta quarta-feira, a Caixa é o primeiro banco público a devolver recursos em função da emissão de IHCD.
Considerando todas as instituições públicas, a dívida com o Tesouro é próxima de R$ 90 bilhões. Estão nesta lista BNDES, Banco do Nordeste (BNB) e Banco da Amazônia. Os recursos devolvidos não entram como receita para o governo, mas contribuirão para reduzir a dívida pública.
Renegociação de débitos
O presidente da Caixa Econômica Federal afirmou ainda, durante a entrevista, que, em função dos programas de renegociação com devedores, a instituição renegociou, em dez dias, dívidas de 125 mil CPFs, em valor próximo de R$ 150 milhões.
Ele lembrou ainda que, na semana passada, a Caixa lançou programa para renegociação de dívidas relacionadas a financiamentos de imóveis.
Com informações do Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário