Presos do Rio criam redes de Wi-Fi com referência a crimes; apreensões de celular batem recorde em 2019
O aperto na fiscalização nos presídios do Rio explodiu a apreensão de celulares nos dois primeiros meses de 2019: foram encontrados 2.177 telefones, a maior quantidade dos últimos cinco anos. Isso expôs o sistema de comunicação criado pelos detentos com os comparsas livres. Eles usam até roteadores, aparelhos que distribuem sinal de internet, com os quais criam redes de wi-fi. Só em janeiro, 14 roteadores foram apreendidos. Ao batizar as redes de wi-fi, os presidiários fazem referência a crimes e favelas: “157 a vera” e “Bonde da CDD” (Cidade de Deus), por exemplo, que funcionavam no Complexo de Gericinó, em Bangu.
As apreensões revelam ainda que parte dos criminosos, principalmente os chefes da maior facção criminosa do Rio, encarcerados na Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3), dão preferência a smartphones modernos. Eles optam por esses modelos apenas para se comunicar por aplicativos de mensagens e evitam ligações. Assim fogem de interceptações telefônicas.
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