Fim do auxílio-moradia não cobrirá nem metade dos gastos com reajuste do STF
A missão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, de convencer o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de que o reajuste nos salários dos ministros do Supremo aprovado pelo Senado Federal na última quarta-feira (7) não causará um rombo nas contas públicas não será fácil. Isso porque o prometido fim do auxílio-moradia para juízes como compensação não cobrirá nem metade dos gastos com o reajuste dos salários.
Em reunião com Bolsonaro na quarta-feira, Toffoli se comprometeu a apresentar um relatório com os dados sobre o reajuste nos salários dos ministros do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil e uma alternativa que seria acelerar o julgamento sobre a legalidade do auxílio-moradia para magistrados.
Acontece que essa "compensação" sugerida pelo presidente do STF será insuficiente já que a proposta de Orçamento encaminhada pelo governo reserva R$ 448 milhões para o pagamento do benefício a funcionários dos tribunais e do Ministério Público (MP) Federal em 2019 e o impacto causado pelo aumento salarial dos magistrados deve ser de R$ 717 milhões no Judiciário e mais R$ 258 milhões no MP.
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