02/10/2018

ADÉLIO BISPO É DENUNCIADO POR CRIME CONTRA SEGURANÇA NACIONAL

Agressor de Bolsonaro é denunciado por crime contra segurança nacional

ReproduçãoO Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF-MG) denunciou nesta terça-feira (2/10) Adélio Bispo de Oliveira – preso após esfaquear o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro no dia 6 de setembro. De acordo com a manifestação divulgada pelo MPF, acusado cometeu crime de atentado pessoal por inconformismo político.

O atentado ocorreu durante um ato da campanha do candidato em Juiz de Fora (MG), quando o denunciado, se passando por apoiador, gritando palavras favoráveis e insistindo em tirar uma foto com o Bolsonaro, deu uma facada no abdômen do presidenciável Segundo a denúncia, o objetivo de Adélio era o de excluir a vítima da disputa eleitoral.

“Vê-se que o denunciado cometeu o crime mediante insidiosa dissimulação, a qual dificultou a defesa do ofendido, mesmo estando o deputado federal sob imediata proteção de escolta policial”, diz trecho do documento.

Ação planejada
De acordo com o MPF, nos depoimentos, Adélio revelou que a ideia de atentar contra a vida do candidato surgiu quando soube, pelos jornais, que Bolsonaro iria a Juiz de Fora. Mas, segundo a investigação, em julho de 2018 o acusado cadastrou-se em um clube de tiro em Florianópolis (SC), onde praticou tiro, justamente no dia em que um dos filhos do candidato chegou a cidade para participar de um treinamento no mesmo local.

Segundo a manifestação, o celular do denunciado também continha foto de um outdoor com a data da vinda de Bolsonaro a Juiz de Fora, além de ele ter estudado a agenda do candidato na cidade, percorrendo, antecipadamente, os locais em que haveria atos de campanha. Nesses locais, Adélio tirou fotos e fez vídeos, com o objetivo de planejar a execução do atentado.

Motivação
Para o MPF, está clara a motivação política do ato de Adélio, pois seu histórico de militância demonstra que já tinha sido filiado a partido político por sete anos, período em tentou sair candidato a deputado federal. Em suas postagens nas redes sociais, ele qualificava políticos como “inúteis” e pedia a renúncia do atual presidente da República, dentre outras postagens formuladas em tom de protesto, em particular contra a vítima.

“Adélio Bispo de Oliveira agiu, portanto, por inconformismo político. Irresignado com a atuação parlamentar do deputado federal, convertida em plataforma de campanha, insubordinou-se ao ordenamento jurídico, mediante ato que reconhece ser extremo”, diz a denúncia.

Se for condenado, Adélio Bispo de Oliveira estará sujeito a pena de 3 a 10 anos de reclusão, aumentada até o dobro, em razão da lesão corporal grave.

Metrópole

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