18/07/2018

TAILÂNDIA: "JAVALIS SELVAGENS" FALAM DA EXPERIÊNCIA NA CAVERNA

Meninos falam sobre fome e medo nos dias em que ficaram presos em caverna na Tailândia

Jovens tailandeses que ficaram presos em caverna dão primeira coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18) após receberem alta do hospital (Foto: Soe Zeya Tun/Reuters)Os 12 meninos e o técnico do time “Javalis Selvagens” falaram nesta quarta-feira (18) sobre o medo, a fome e a alegria de encontrar os mergulhadores britânicos durante as duas semanas em que ficaram presos na caverna Tham Luang, na Tailândia. Eles também contaram que tentaram escavar para achar uma saída.

Na primeira aparição pública, o grupo relatou como sobreviveu ao resgate dramático que mobilizou mais de mil pessoas na província de Chiang Rai. Os meninos, que têm entre 11 e 16 anos, e o técnico, de 25 anos, também fizeram uma homenagem ao mergulhador Saman Kunan, que morreu durante os esforços de resgate.

Fome
Diferentemente do que tinha sido divulgado, eles não levaram comida para a cavidade subterrânea. Ekkapol Chantawong, o técnico, contou que depois de dois dias isolados começaram a sentir mudanças no corpo, já que não comiam nada.

“Bebíamos a água que caía das pedras”, disse Pornchai Khamluan, de 15 anos.

O mais novo do grupo contou que não tinha força física e que tentava não pensar em comida para não sentir mais fome do que já sentia. Segundo os médicos, os garotos perderam em média 2 kg no período em que ficaram presos e recuperaram no hospital uma média de 3 kg cada um.

Chegada dos mergulhadores: 'milagre'
Sobre a chegada dos dois mergulhadores ingleses, que os encontraram após nove dias de buscas, Adul Sam-on, de 14 anos, o único a falar inglês no grupo e o primeiro a se comunicar com eles, disse que foi "um milagre" terem sido encontrados e que todos ficaram muito felizes.

“Foi um choque. O técnico pediu para mantermos calma”, disse.

Ele contou que usou uma tocha para ir em direção às vozes que escutavam.

Os meninos disseram que perderam a noção do tempo dentro da caverna e que, por isso, perguntaram aos mergulhadores há quanto tempo estavam ali.

Sonhos e lições
Os meninos também falaram do aprendizado que tiveram durante a experiência na caverna. Um dos menores afirmou ter “aprendido o valor de muitas coisas e valorizar a si mesmo”. Outro disse que está decidido a “viver cada minuto da vida”.

G1

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