Greve dos caminhoneiros expõe o desperdício de alimentos
O de alimentos se tornou pauta obrigatória durante esta greve (seria melhor dizer locaute?) dos caminhoneiros. Mesmo que tudo terminasse agora, mesmo que os caminhões passassem a circular livremente a partir do minuto seguinte a um acordo efetivo que deixasse as partes satisfeitas, assim mesmo haveria um grande, talvez incomensurável, montante de alimentos sendo jogados fora.
Imaginem, por exemplo, um caminhão que está há quatro dias na estrada cheio de tomates. Ou de batatas, ou de chuchus, inhames... Esses ou quaisquer outros produtos que tenham sido retirados da terra e que estejam dentro de um compartimento fechado, mercê de temperaturas não naturais. É claro que não sairão do cativeiro direto para a gôndola dos supermercados ou feiras-livres. Estarão passados, talvez com fungos, amassados, ou seja, nada convidativos para consumo.
Imaginem, por exemplo, um caminhão que está há quatro dias na estrada cheio de tomates. Ou de batatas, ou de chuchus, inhames... Esses ou quaisquer outros produtos que tenham sido retirados da terra e que estejam dentro de um compartimento fechado, mercê de temperaturas não naturais. É claro que não sairão do cativeiro direto para a gôndola dos supermercados ou feiras-livres. Estarão passados, talvez com fungos, amassados, ou seja, nada convidativos para consumo.
Isso, para não falar do pior: cargas vivas. Animais que estão sendo
transportados, segundo uma das muitas reportagens que tenho acompanhado
sobre a greve, estão há dias sem alimentação adequada, o que é mais do
que desperdício, um crime que só a humanidade tem coragem de cometer
contra um ser vivo.
Amélia Gonzales. G1
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