02/01/2018

RN: DEPOIS DE ASSEMBLEIA PC CONTINUA PARALISAÇÃO

Policiais civis confirmam continuidade de paralisação e programam ato nesta quarta em Natal, mesmo sob risco de prisões

Em Assembleia realizada na tarde desta terça-feira(02) em Natal, policiais civis decidiram seguir a paralisação e não acatar ordem judicial proferida pelo desembargador Cláudio Santos. Os policiais, inclusive, destacaram que toda a categoria estará presente no ato, até mesmo para levar voz de prisão.
Ainda na Assembleia, ficou programada uma manifestação na manhã desta quarta-feira(03) em frente a Delegacia Geral de Polícia(Degepol).
Os policiais alegam falta de equilíbrio psicológico para trabalhar e ainda falam que não tem o que comer.

Confira íntegra de comunicado do Sinpol-RN:
Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira, dia 2 de janeiro, os policiais civis do Rio Grande do Norte decidiram que vão se apresentar na sede da Polícia Civil, em Natal, na manhã desta quarta-feira, dia 3, a partir das 8h. A ação faz parte da mobilização que a categoria vem realizando desde o dia 20 de dezembro, cobrando o pagamento dos salários de novembro, dezembro e do 13º.
O SINPOL-RN informa que ainda não foi notificado da determinação judicial sobre possíveis prisões de policiais. “Pela decisão que nos foi passada extra-oficialmente pela Delegada Geral, há determinação para sermos presos caso não retornemos ao trabalho. Mesmo assim, os policiais vão se apresentar na Degepol correndo o risco de prisão”, explica Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN.
Ele também afirma: “Nós ressaltamos mais uma vez que os policiais não estão em estado de greve, estão em estado de necessidade. Eles estão cobrando o pagamento dos salários atrasados para que possam ter condições de se alimentar e de se deslocar ao trabalho e, então, exercerem suas atividades normalmente”.
Por isso, de acordo com ele, os policiais civis decidiram por se apresentarem no prédio da sede da Polícia Civil, nesta quarta-feira. Na ocasião, eles devem realizar novas deliberações sobre o futuro da mobilização em prol dos salários.
“Vale lembrar que, além de estarmos sem salários, também não temos nenhuma previsão de pagamento. O Governo do Estado divulgou um calendário na semana passada, mas não o cumpriu. Havia outra possibilidade de pagamento nesta terça-feira, o que também não se concretizou. Ou seja, é complicado o Estado e a Justiça quererem obrigar os servidores a trabalhar com três pagamentos atrasados, sem dinheiro nem para alimentação e transporte”, completa.

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