22/01/2018

MG: EX DEPUTADO CHEFIAVA QUADRILHA (ÓCULOS FALSOS)

Negócio da China leva 16 para a cadeia. 4 de Paranavaí

Negócio da China leva 16 para a cadeia. 4 de ParanavaíA Polícia Civil do Paraná concluiu ontem parte de uma operação que levou à prisão sete pessoas em Curitiba, quatro em Paranavaí (no Noroeste do estado) e cinco em Minas Gerais. Elas integram uma quadrilha que teria sonegado R$ 50 milhões em impostos nos últimos dez anos. Segundo as investigações, o grupo contrabandeava da China óculos de marcas famosas para revender em lojas de Curitiba e Belo Horizonte. O ex-deputado federal por Minas Fran­cisco Sales Dias Horta é apontado como chefe do grupo. Em Curitiba, onde ele mantinha sete lojas da rede de óticas Visomax, foram presos os filhos dele, Adriana Sales Dias Horta e Francisco Dias Horta Neto.
A operação resultou na apreensão de R$ 34 mil em dinheiro e 100 mil peças de óculos, além de armas em Belo Horizonte (um fuzil) e Paranavaí (revólveres, pistolas e quatro granadas). O grupo é acusado por 12 crimes. Entre eles, sonegação fiscal, estelionato e formação de quadrilha. O chefe da operação, delegado Cassiano Aufiero, acredita que tudo somado pode chegar à pena máxima de 30 anos de prisão.
As investigações começaram há cinco meses, quando a Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga recebeu a denúncia de possíveis irregularidades por causa de preços muito abaixo do mercado praticados pela Visomax em Curitiba. A polícia descobriu que o grupo receptava mercadorias de origem chinesa, que entravam no Brasil via Paraguai. A quadrilha criou o Grupo Vega que, junto com a Visomax e o Centro Óptico, em Minas, adulterava notas fiscais para legalizar os produtos e sonegar impostos.
A polícia suspeita que existam outras dez empresas fantasmas em Curitiba e Belo Horizonte dedicadas a esquentar notas frias para a Visomax e o Centro Óptico. Segundo as investigações, a quadrilha mandava para a China o protótipo de óculos famosos para que fossem falsificados. Funcio­nários e familiares do líder do grupo serviam como laranjas para criar empresas de fachada. Algumas pessoas, no entanto, teriam tido o nome e os documentos usados sem saber.
Policiais civis e militares começaram ainda de madrugada a cumprir 25 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. A Operação Ilusão de Ótica contou com participação de 200 policiais de diversos setores das Polícias Civil e Militar do Paraná, além das corporações de outros estados envolvidos.
Aufiero diz que as investigações continuam em busca de outros envolvidos no golpe, havendo inclusive a possibilidade de contribuição de ex-funcionários públicos federais e estaduais para a sonegação de impostos.
 
PDNNOTÍCIAS

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