10/12/2017

OS VERMES SE DIVERTEM SEM SABER PORQUE

De como os ataques à primeira-dama expõem uma das principais vocações de Natal

por Dinarte Assunção

A primeira mensagem chegou depois das 10h.
Depois dela, se somaram outras. Todas de mesmo teor, numa corrente em que se arrastavam a degradação e se expunha a miséria humana.
No foco das mensagens, o governador Robinson Faria e a primeira-dama, Juliane Faria, que protagonizou uma crise política nesta semana.
Qualquer que seja a dimensão da crise, ninguém tem o direito de arrastar os eventos da vida pública, e de maneira tão vil, tão perversa, para a vida privada.
Seria mais um fato sem muita relevância dessa Natal habituada a espreitar a vida alheia. Mas, nessa cidade cheia de juízes da índole do outro, o ataque ao casal tomou proporções abomináveis, pensei, quando a sexta mensagem da corrente miserável desembarcou na minha conta do Whatsapp.
Natal não tem jeito. Desde sempre e para sempre vocacionada a reproduzir essa legião de miseráveis.
As mais variadas detratações sobre a vida privada do casal continuaram até a publicação deste texto sendo repassadas com o silêncio mórbido de quem se delicia com uma desgraça que sequer sabem se é verdade, o que não minimizaria a gravidade da falha moral se verdade fosse.
Convém lembrar que quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso ou, para citar outra máxima, o que Pedro pensa de Paulo, diz mais sobre Pedro do que Paulo.
Não é o caráter do governador ou da primeira-dama que está em questão, portanto. É o seu, se parte você procurou fazer do movimento silencioso de se deliciar com algo tão degradante.
Mas não estremecei, ó, miserável. A fofoca é defeito apenas contra o outro. Aplique a si mesmo as inquietações da maledicência e a fofoca será uma virtude. É preciso apenas ter a grandeza e a coragem moral que lhe falta para se edificar sem rebaixar os outros.

Um comentário:

Unknown disse...

Tá muito enrolado, esse textinho bosta.
Horas a gente entende quem está criticando quem. Daí a pouco já se sabe quem está na peia ou quem está batendo.
É preciso ter mais clareza e distinção no que está sendo relatado, para q o leitor entenda a mensagem do autor.