Temer, Cunha e Aécio lideram lista de políticos mais reprovados; presidenciáveis, Alckmin e Lula, com rejeição entre 68% e 71%
As delações dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS, e o
consequente agravamento da crise política colocaram o presidente Michel
Temer (PMDB) e o senador afastado Aécio Neves no pódio das
personalidades mais reprovadas pelos brasileiros.
Com isso, a impopularidade de ambos se iguala a de outra figura pouco
quista frente a opinião pública: o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB).
Os dados aparecem na pesquisa “Pulso Brasil” realizada pelo instituto
Ipsos entre os dias 1º e 13 de junho com 1,2 mil pessoas de 72
municípios do país. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Segundo a sondagem, em junho, a taxa de desaprovação às ações do
presidente Temer é de 93% frente aos 86% registrados na primeira
quinzena de maio – antes, portanto, do início do escândalo da JBS, que
implica diretamente o presidente e o senador tucano.
A taxa de desaprovação a Temer é superior, inclusive, à
impopularidade de Dilma Rousseff nas vésperas de seu afastamento após
abertura do processo de impeachment no Senado em maio de 2016. Naquela
ocasião, 80% dos brasileiros desaprovavam sua atuação. Hoje o número é
de 82%.
Presidenciáveis
No geral, a situação de quase todos eventuais pré-candidatos à
presidência em 2018 piorou entre maio e junho frente a opinião pública.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as
pesquisas de intenção de voto, aparece com 68% de reprovação contra 28%
de aprovação. Ele é a nona personalidade mais reprovada na pesquisa da
Ipsos. Em junho, ele tinha 63% de reprovação.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aparece com 71% de
rejeição contra 64% obtidos em maio. A pré-candidata da Rede, Marina
Silva, com 62% versus 52% do mês anterior. Já a reprovação a Jair
Bolsonaro (PSC) subiu de 50% para 54%. Ciro Gomes (PDT), de 48% para
55%.
O aumento da reprovação ao prefeito de São Paulo, João Doria, é o que
chama mais atenção. Em um mês, o número de entrevistados que o
desaprovam subiu de 39% para 52%. Segundo a consultoria, o abalo na
imagem do tucano pode ser explicada pela mudança de opinião dos antes
indecisos após a ação da prefeitura na Cracolândia.
Mais aprovados
O extremo oposto do ranking, que mostra as personalidades cuja
atuação é mais aprovada pelos brasileiros, é quase exclusivamente
dominada por juristas. O juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na
primeira instância, aparece em primeiro com 63% de aprovação. Mas até
ele teve seu soluço este mês: em maio, 68% dos entrevistados aprovavam
seu trabalho.
Exame
Um comentário:
Instituto Ipsos !!!!! Que bixiga é isso? Hoje as grandes instituições brasileiras não têm qualquer credibilidade, imagine esse daí.
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