PF vai apurar queda do avião que matou Teori Zavascki
A Polícia Federal abriu um inquérito
para apurar as causas do acidente aéreo que matou o relator da Operação
Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, de 68
anos.
Um equipe de peritos da PF especializada
em acidentes aeronáuticos foi enviada ao local do acidente, as
proximidades da Ilha Rasa, em Paraty, litoral sul do Rio de Janeiro.
Além de Teori Zavascki, morreram na
queda do avião, de prefixo PR-SOM, o dono do hotel Emiliano e da
aeronave, Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, de 69 anos, e o piloto
Osmar Rodrigues, de 56 anos, conhecido como Mazinho. A empresa ainda não
divulgou a lista completa de pessoas que estavam a bordo.
Após a queda do avião, delegados, juízes
e procuradores usaram as redes sociais para cobrar uma investigação
profunda do acidente. “Diante das altas responsabilidades a ele
atribuídas, em especial a condução dos processos da Lava-Jato no STF, é
imprescindível a investigação das circunstâncias nas quais ocorreu a
queda do avião em que viajava”, disse o presidente da Associação dos
Juízes Federais do Brasil, Roberto Veloso.
A aeronave de modelo King Air C90GT é da
Beechcraft, fabricada em 2006. O avião é um turbohélice bimotor com
capacidade total de oito pessoas, sendo sete passageiros. Os
certificados estavam em dia, conforme registros da Agência Nacional de
Aviação Civil (ANAC). O de aeronavegabilidade valia até 2022 e o de
inspeção de manutenção, até abril deste ano.
A PF resolveu instaurar investigação
depois que o delegado Márcio Anselmo, um dos principais investigadores
da Lava-Jato, disse em rede social achar suspeito Zavascki ter morrido
às vésperas da homologação da delação premiada de 77 executivos da
Odebrecht, a mais bombástica até agora. “Esse ‘acidente’ deve ser
investigado a fundo”, escreveu Anselmo, que foi repreendido por
superiores pela declaração. Em seguida, ele disse que se tratava de uma
opinião pessoal.
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