29/01/2017

ELEFANTES BRANCOS: O LEGADO DA COPA NO BRASIL

Com prejuízo mensal e poucos jogos, estádios da Copa pedem socorro

Das 12 arenas da Copa do Mundo, três se desdobram em estratégias para diminuir o prejuízo mensal com o baixo número de partidas nos últimos dois anos. No Campeonato Amazonense, a Arena Amazônia não cobra aluguel dos clubes que jogam lá. A diária dos funcionários também fica “na faixa”. 
Desde o ano passado, o Mané Garrincha (Distrito Federal), que só tem três jogos confirmados do Campeonato Brasiliense até agora, passou a alojar dois órgãos da administração distrital, economizando aluguel do orçamento do governo. Por mês, o saldo negativo é de R$ 500 mil. 
No Mato Grosso, os gestores da Arena Pantanal defendem uma ação federal, com a participação da CBF e do governo, para salvar os estádios do Mundial que estão no vermelho.
O apelo dos mato-grossenses se justifica. E o pedido de socorro é geral. Com custos médios de R$ 700 mil por mês, a arena não consegue cobrir nem 10% disso, ou seja, R$ 70 mil. Os números são da secretaria Adjunta de Esportes e Lazer. O estádio em Cuiabá é bancado pelo governo estadual. Até o momento, estão confirmados 20 jogos da primeira fase do campeonato local, o que não significa lá grande coisa. Os clubes pagam pela utilização da Arena Pantanal uma taxa de 8% da renda bruta. A final do torneio de 2016, por exemplo, teve uma renda pífia, de R$ 167 mil.
Quem achava que promover a copa do mundo iria salvar o Brasil não se enganou redondamente porque já sabia do resultado, o governo que já vinha naufragando sua economia queria encontrar na "copa" uma solução para o problema, mas o tiro saiu pela culatra e os problemas só se agigantaram. 
Que sirva de exemplo!

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